Aconteceu num Círculo #2 | Abuso Infantil

Nesse atendimento de Círculo Sistêmico, a pessoa assistida quis trabalhar sua dificuldade em se relacionar intimamente com o sexo oposto. No início do círculo ela escolheu um cristal da cor rosa para a representar, também pedi que escolhesse cristais para representar o emocional, o bloqueio, o medo, o masculino e a sexualidade e os posicionassem na mesa da maneira que ela achasse melhor. Ficando assim o emocional, bloqueio e masculino posicionados próximos a pedra rosa que a representava e o medo e a sexualidade mais afastados.

Solicitei então, mais uma criatura, a culpa e ela posicionou junto a ela (cristal rosa). Questionei se ela tinha consciência de qual era essa culpa, e ela não sabia a origem desse sentimento, assim como também não sabia a origem do bloqueio e do medo.

Com essas informações, pedi então para escolher um cristal que representasse ela criança e foi escolhido um cristal escuro, quase preto, que foi posicionado entre o medo e a sexualidade. Vale destacar que até o momento todos os cristais escolhidos eram de cores escuras, com exceção do qual a representava, o quartzo rosa.

Lembrando que quando estamos trabalhando com uma terapia sistêmica nada é por acaso, ou seja, o campo energético (ou morfo-genético) que se forma, orienta os caminhos e as criaturas que devem ser trazidas durante a terapia, assim vai se desenrolando uma jornada mais adequada e harmoniosa para ressignificar a situação que está sendo tratada.

Durante a sessão me veio a sensação que ela tinha sofrido abuso sexual na infância, então solicitei que escolhesse um cristal para representar o abusador. O surgimento dessa figura no círculo desencadeou um choro muito profundo, demonstrando que ali se encontrava a possível raiz da sua dificuldade em se relacionar intimamente com o sexo oposto.

Com essas informações, já conseguimos compreender a origem dos sentimentos de culpa e medo que, lá no começo do círculo, ela nem sabia porque tinha. Levando em conta a inocência de uma criança, ela se culpou pelo ocorrido e se pune inconscientemente até hoje, quando na verdade o abusador adulto é que deveria ser responsabilizado.

Caminhando para o enfrentamento desses sentimentos prejudiciais, pedi para que ela posicionasse a pedra que a representava e a pedra da criança, na frente do abusador e perguntasse mentalmente porque ele havia feito isso com ela. Feita essa pergunta e eu pedi a permissão para responder uma possível justificativa do abusador, e ela permitiu.

Usando o Sistema, o abusador declara arrepender-se do ocorrido, pede desculpas, se diz em total desequilíbrio e diz que ele havia passado por muitas situações na sua infância que o tornaram essa pessoa tão desprezível a ponto de fazer uma criança vivenciar tamanha agressão.

À partir disso, todo o sistema começou a se movimentar e ela conseguiu acolher essa criança. O abusador e a culpa são retirados do círculo, o medo foi substituído pela precaução, o bloqueio e a sexualidade foram substituídos por uma terapia.

O cristal do emocional que era de uma cor escura foi substituído pela cor verde de equilíbrio. A energia do masculino veio trazendo agora o pai, que sempre foi muito presente na sua vida.

Assim, o círculo se fechou com a jornada se iniciando com ela, depois a criança, seguida do emocional, o pai, a precaução, a terapia, chegando novamente nela que encontra a cura e termina o círculo.

NOTA:

Se você, terapeuta integrativo, se deparar com casos de abuso, trate com muita responsabilidade e muita delicadeza. É importante ressaltar que o Círculo Sistêmico é uma terapia complementar e não substitui o trabalho de um psicoterapeuta ou um médico especializado.

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Obrigado e fiquem em paz!

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